Terror (minicontos)

A casa no final da rua

         Ele adorou a casa no final da rua. De número 666. Gostou tanto, que ficou nela mesmo depois de morto.
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Sonhos
        
        Ele sonha que morre numa rua atropelado. Ela sonha que mata um homem, atropelando-o... Sempre que sonham é assim. Eles nunca se viram, mas se encontram numa rua coberta por neblina, quase todas as noites.
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Olhos da gata
         
         A menina achava lindo os olhos amarelados da gata. Mas percebeu depois, triste, que os olhos da gata nunca brilhavam em sua boneca preferida.
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Natureza morta
         
         Obcecada, ela pintava retratos de sua companheira nua, quando esta se foi, inesperadamente daqui para o além.
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Destino
           
         Não podia vê-la...
Atrás dos óculos, olhares penetrantes.
Nervos à flor da pele.
Ainda pensava nela que lhe trocou por outro e isso lhe deixava louco.

“Tenho que parar! ”

Mas não parou!
Morreu! – No meio da pista, quando um carro o atropelou acidentalmente enquanto atravessava.
Ele queria aproveitar o instante para pegá-la, do outro lado da rua, com má intenção!
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O autor e sua obra
         
        - “Está pronto.” Disse ele. Mas apesar do ponto final no seu romance autobiográfico, ele precisava tornar verdadeiro à obra melancolia, e após escrever uma nota explicativa para o livro. Pôs um ponto final à própria vida.
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Vamos brincar!
          
         Lá vai a menina sumir na esquina voltando pra casa,  pois a mãe lhe disse que tinha hora de chegar. A mãe já vê a filha descendo a ladeira, voltando com uma colega do lado. entram apressadas na casa e vão parar no quarto. A mãe chama a filha e pergunta: Quem é essa menina que está contigo no quarto?
         -  Que menina? Entrei sozinha!
         Nessa hora, mãe e filha ouvem de lá:
         - Vamos brincar!
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