Vi no sofá vermelho entre moça e mulher

Vi no sofá vermelho entre moça e mulher deitada como a Duquesa de Alba pintada por Goya: nua sobre almofadas com um espírito aventureiro trazendo nos lábios fechados um sorriso de prazer e um olhar de Cupido.

Para a consciência do meu voyeurismo a percorrer seus contornos ondulantes e lascivos.

Reluzindo ante minha aspiração poética que a quer pelos mais deliciosos beijos e abraços, efetuar a fusão completa de nossos corpos.


Temo-nos, como na Arte de amar de Manuel Bandeira: princípio físico-químico, materialmente feliz. 

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